“..E todos os dias acrescentava o SENHOR à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2.47b)
Início da Igreja Cristã! Pedro, cheio de coragem e destemor, após a descida do Espírito Santo, prega o Evangelho de Jesus, apontando os judeus, que o ouviam, como responsáveis pela sua morte. Pedro se concentra no fato que, aquele que entre eles fazia prodígios e sinais, “..esse Jesus, a quem crucificastes, Deus o fez SENHOR e Cristo.” (Atos 2.36) Diante disso, aqueles que o ouviam, “...ficaram aflitos em seus corações e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, que faremos?’” (verso 37). Diante dessa comoção a resposta de Pedro foi a de que deveriam se arrepender e serem batizados em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, pois receberiam o dom do Espírito Santo. (verso 38) A resposta veio! Três mil pessoas se converteram a Jesus. A Igreja toma forma! A partir daí, “..acrescentava o SENHOR à Igreja aqueles que se haviam de salvar. (Atos 2.47)
Pois bem, essa Igreja nascente foi marcada por algumas características bastante distintas: a) Perseveravam na doutrina; b) Perseveravam na comunhão, no partir do pão, e das orações; c) Havia temor, ou seja, um clima de profundo respeito e reverência a Deus; d) Profundo senso comunitário, em termos de suprimento de necessidades; e) Perseverança em estar todos os dias no templo. Essas características, acrescidos de comunhão constante, e com muitos louvores, acabavam por ser os impulsionadores de uma empatia para com todo o povo, e a partir disso vidas eram restauradas, pois o SENHOR acrescentava à Igreja os que iam sendo salvos.
O transporte para o ser Igreja, em nossos tempos, já que a nossa Missão é exatamente esta, ou seja, a de sermos usados para levar pessoas à restauração em Cristo Jesus, nos leva a ver nessas características da Igreja nascente um referencial importante para nos balizar. Em um tempo em que a doutrina bíblica não tem o grau de importância adequada na estrutura de vida das pessoas, podemos entender o porquê há tanta falta de visão espiritual, se desdobrando em tantos equívocos na vida, bem como na grande ausência de referência transformadora. A falta de ortodoxia, ou seja, falta de conteúdo doutrinário, conhecimento bíblico, leva-nos a uma pobre expressão de ortopraxia, ou seja, pobreza de conduta, de prática, de vida.
Sendo assim, já que a base doutrinária está comprometida, como sendo a base das expressões de fé, compromete-se o que vem à frente. Não é à toa que o primeiro elemento que vem à mente de Lucas, ao escrever este documento, é justamente a doutrina. Sem doutrina; sem justificativa para a comunhão; sem temor, sem clima de respeito e reverência; sem possibilidade de ajuda mútua; sem auto argumento para reunião e louvor congregacional; sem testemunho ao mundo. O resultado não poderia ser outro, uma Igreja sem expressão.
Como Igreja contemporânea, devemos fazer diferente, e fazer diferença! Cientes de nossa Missão: ser uma Igreja adoradora, referencial na restauração de vidas, através do Evangelho de Cristo Jesus, a fim de apresentar as pessoas perfeitas em Cristo. Portanto, AVANTE em nossa missão!!
Pr. Manoel Antonio
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