“Deus castigará especialmente aqueles que segundo a carne andam em imundos desejos intensos...” (2 Pedro2.10a)
Sobre esse assunto escreveu Santo Agostinho, em De Civitate Deo, “Cidade de Deus”, um clássico desse grande homem de Deus! Um piedoso cristão, teólogo de primeira estirpe, que viu a decadência do Império Romano, e no ano 410 dC, a sua destruição. Uma grande obra contendo 22 livros, que tinham o objetivo de fazer uma defesa da fé cristã, em relação ao sistema politeísta que marcava as religiões e filosofias do mundo romano, entre outros do contexto de seu tempo. Nessa obra, Agostinho, e em sua filosofia, faz uma classificação de pessoas, entre aqueles que vivem aqui, e amam este mundo; e, os que vivem aqui, e amam a Deus. Os “amantes de si”, e os “amantes de Deus”
Neste final de semana, a partir de sábado, dia 22, a sociedade brasileira buscar se realizar, festejando o carnaval. Uma “Festa da Alegria”, segundo os “amantes de si”, que buscam aproveitar o tempo para entregar-se à uma liberdade desmedida, que na maioria das vezes desencadeia-se em uma libertinagem irresponsável, através de um “vale tudo”. Os maus desejos da natureza humana, marcados pela imoralidade sexual, pelas impurezas, pelas ações indecentes, pela adoração de ídolos, pelas inimizades, pelas brigas, pelas ciumeiras, pelos acessos de raiva, pela ambição egoísta, pela desunião, pelas invejas, pelas bebedeiras, pelas farras e outras coisas parecidas com essas (Gálatas 5.19-21), são marcas registradas desta festa, que é muito mais “festa da carne”, e que encontram adeptos entre os “amantes de si”, dessa “cidade dos homens”.
Renato Vargens, objetivamente, elenca cinco características dessa festa: a) O carnaval é uma festa profana que promove conceitos e valores absolutamente antagônicos a Palavra de Deus; b) O carnaval é uma festa promíscua e imoral, onde o adultério, a imoralidade e a irresponsabilidade sexual é exaltada; c) O carnaval é uma festa mundana onde o amor é relativizado, a vida “coisificada” e os relacionamentos descartados; d) O carnaval é a festa da carne onde a natureza humana decaída e a apóstata se alimenta de todo tipo de pecado e iniquidade; e) O carnaval, seu conteúdo, seus valores, e pecaminosidade afronta a santidade de Deus, não glorificando em nada o nome de Cristo.
Portanto, o que se espera daqueles que são “amantes de Deus”, é que desfrutem, muito mais, das bênçãos que vem das Mãos do Todo Poderoso, do que dos “benefícios” deste sistema de mundo não comprometido com o Reino dos céus. Espera-se, do cidadão do Reino, dos “amantes de Deus”, que se valorize a graça, como maior benefício operado pela virtude de Deus. Essa graça que aspira muito mais os bens eternos, a despeito dos “bens” temporais. Graça esta, que conduz a Deus, e que expulsa os desejos da carne, e reprime nossos ímpetos da natureza humana caída. Essa graça que nos faz frutificar, em amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. (Gálatas 5.22,23)
Diante disso, nossa postura, como Igreja Batista Vida Nova, será a de “santidade ao Senhor”, pois somos CIDADÃOS DO REINO DE DEUS!
Pastor Manoel Antonio
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