“Jesus andava por todas as cidades e todos os povoados da região, ensinando nas sinagogas, anunciando as Boas-Novas do Reino e curando todo tipo de enfermidade e doença” (Mt 9.35)
Jesus, a nos dar mais 90 anos de vida à frente, sem a sua vinda, continuaremos testemunhando do Evangelho do Reino de Deus! Nada pode nos impedir, já que “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja de Cristo.” Entretanto alguns fatores podem atrasar esse caminhar eficiente da Igreja de Cristo, a de ir ao mundo inteiro e anunciar as boas-novas a todos, (Mc 14.15) Dentre eles, uma consciência limitada, acerca da nossa missão. Consciência limitada, limita o foco; o foco limitado impede a consciência. Entretanto, o nosso grande exemplo é o nosso próprio Cristo. Viveu três anos de profunda densidade de propósitos, e nesses três anos estabeleceu as bases para toda a filosofia de trabalho da Igreja e do Reino.
À multidão, Jesus pregava sobre o reino dos céus; aos discípulos, ensinava sobre o Reino dos céus. Também, à essa mesma multidão, Jesus também manifestava sua compaixão em função de seu abatimento, físico e espiritual. Andavam errantes, sem saber quem seguir. A visão de Jesus estava no mundo necessitado, sem Deus, e sem salvação. Nada mais que, consciência e foco. Nosso exemplo, para os próximos tempos!
Uma consciência limitada acerca da missão da igreja pode estar no fato de nossa vida espiritual estar associada a nós mesmos. Ou seja, estarmos fazendo igreja de maneira egoísta (de nós, para nós). Essa visão limitada, sobre o que é feito na Igreja, está demasiadamente focada nessa comunidade de fé.. É verdade que a missão da Igreja também tem esse enfoque, mas não só! O nosso horizonte não pode estar colocado somente nessa comunidade de fé, que é a Igreja. Não podemos nos esquecer que “o campo é o mundo”. A missão da Igreja tem esse endereço, em sua preocupação maior. A Igreja não pode existir somente para si. Ela não é um fim em si mesma. Como podemos nos tranquilizar sabendo que grande parte das nossas receitas, expressada por dízimos e ofertas, esteja sendo canalizada somente para o autossustento?
Em um excelente ensaio, exposto no livro “El protestantismo en América Latina hoy”, Orlando E. Costa, reflete sobre a necessidade de uma pastoral evangélica para o homem latino-americano, no sentido de ser alcançado pela Igreja. Isso é função da Igreja e não somente do Pastor da Igreja. A teologia pastoral da Igreja não deve ser compreendida como esforço do Ministério Pastoral, como “poimen” do mundo, e sim, ser entendida como o esforço da Igreja, como um todo, em estar sendo esse “poimen”. Essa palavra, grega, representa o esforço de um coração misericordioso, nos moldes do bom samaritano, da parábola (Lc. 10.25-37), além de representar a angústia pela salvação da alma.
Uma boa consciência, e foco, de nossa missão, está na proporção do quanto exercemos a “poimenia”, como Igreja, sobre esse mundo, ensinando, anunciando e cuidando, nas grandes carências humanas. Desta forma, importante, repensar nossa Missão e Visão, com boa consciência, e foco. Povo de Deus, “o bastão da corrida, está conosco”! AVANTE!
Pr. Manoel Antonio
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